Amigos, familiares de Nayara Reis Paixão, além de representantes do movimento feminista e de movimentos sociais ocuparam a entrada do prédio do Fórum de justiça Henrique de La Roque, na tarde desta sexta- feira (02), durante a sentença de pronúncia de Gedeon Abreu acusado de ser o mandante do assassinato de Nayara Reis Paixão, morta no dia 07 de novembro de 2016.
Nayara foi assassinada a tiros por dois homens de moto no momento em que saía do trabalho, na região do bairro Beira – rio, região histórica da cidade.
A audiência começou na última terça-feira (30), quando segundo o promotor do caso, Alenilton Santos, ao ouvirem os envolvidos no crime, o acusado de ser o mandante do crime e também ex – namorado de Nayara, Gedeon Abreu, afirmou que o menor que confessou ter efetuado os disparos a mando de Gedeon foi coagido a confessar.
Por conta disso, o caso do menor, que já havia sido julgado, foi reaberto e a nova audiência remarcada para esta quinta -feira (02), onde este novamente foi ouvido e incluído no processo.
A juíza do caso e titular da Primeira Vara Criminal, Ana Lucrécia Bezerra Sodré Reis, explicou que essa audiência seria para ouvir as testemunhas e fazer uma análise preliminar do caso, e a partir daí, decidir se o réu irá a júri popular ou não.
Segundo o promotor, a decisão de tipo de júri e a data do julgamento devem ser marcados ainda hoje.
Sobre o crime:
Nayara Reis Paixão foi assassinada na noite do dia 07 de novembro de 2016, enquanto saía do trabalho, um restaurante próximo à avenida Beira – rio, região nobre da cidade.
Na outra semana, uma operação coordenada pelo delegado Eduardo Galvão, capturou o menor suspeito de efetuar os disparos. Segundo a polícia, o menor já tinha duas passagens, a última dela havia sido expedida dois meses antes, após tomar uma moto de assalto.
No Plantão Central, o menor confessou que efetuou um tiro, e que o mandante foi o ex namorado de Nayara, Gedeon Abreu. Segundo o menor, Gedeon também pilotava a moto no momento do crime e havia lhe prometido 500 reais em dinheiro para efetuar os disparos.
As prisões do menor e de Gedeon foram decretadas, e desde então os dois se encontram à disposição da Justiça.