Na manhã deste sábado (25), o acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Décio Sá, Gláucio Alencar, que se encontrava preso na Penitenciária Regional de São Luís, passou por mudanças em sua pena, por determinação do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-Ma) explica que a decisão pela soltura do acusado foi do ministro Ribeiro Dantas, que transferiu Gláucio Alencar para prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico (tornozeleira), por julgar inadequada a aplicação do regime disciplinar diferenciado (isolamento), sem que o mesmo tenha cometido infração no sistema prisional.
Segundo informações da Seap, o Estado justificou que a separação do acusado havia sido mantida, até o momento, em cumprimento ao Art. 84 da Lei de Execuções Penais (LEP), que exige a segregação de internos que tenham sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência com os demais.
Conheça o caso
O jornalista Aldenísio Décio Leite de Sá, Décio Sá, na noite de 23 de abril de 2012, estava no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, quando foi morto com seis tiros de pistola. A sua execução teria sido agenciada por José Raimundo Sales que, por sua vez, recebeu ordens dos empresários Gláucio Alencar e José Miranda, pois o jornalista teria descoberto um esquema de agiotagem envolvendo ambos.
Doze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público, pronunciadas pelo juiz Osmar Gomes a serem interrogadas em júri popular, que são: Jhonathan, Marcos Bruno, o seu ex-cunhado, Shirliano Graciano de Oliveira, José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”, Elker Farias Veloso, Fábio Aurélio do Lago e Silva, o “Bochecha”, Gláucio Alencar Pontes Carvalho, seu pai, José de Alencar Miranda Carvalho e os policiais Fábio Aurélio Saraiva Silva, o “Fábio Capita”, Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros.