À pedido do Ministério Público, acontece nesta sexta – feira (24), a reconstituição do crime que vitimou a bancária Elizelda de Paula (29 anos), que morreu com um tiro na cabeça supostamente disparado pelo ex – marido, Clodoaldo Alves (26 anos).
O promotor de justiça responsável pelo caso, Carlos Róstão, ressalta que a reconstituição visa esclarecer o que realmente teria acontecido no dia do crime.
Segundo ele o acusado mantém a versão de que o tiro foi acidental, o que vai contra o apurado durante a investigação. Carlos Róstão também afirmou que a reconstituição visa dar maiores elementos de acusação o julgamento, facilitando a ida do réu a júri popular.
“Nós queremos dar ao acusado a oportunidade de demonstrar o que ele alega, pois o apesar de a perícia ter encontrado indícios de crime, o fato de não haverem testemunhas oculares na hora do crime, deixa em aberto a tese dele, que afirma que o disparo foi acidental. A reconstituição dará maiores elementos para aqueles que vão analisar de forma técnica o crime, garantindo que haja um parecer justo no julgamento,” explica o Promotor.
Clodoaldo está preso na Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI), onde aguarda a decisão da justiça.
Por lei, o acusado não é obrigado a participar da reconstituição, no entanto, ele pode escolher participar desta se sua defesa entender que de alguma forma sua participação será benéfica durante o julgamento.
Entenda o caso:
Na manhã do dia 26 de dezembro de 2016, a bancária Elizelda Vieira de Paula Alves foi morta a tiros em um hotel da cidade de Imperatriz. O Acusado pelo homicídio é o seu ex-marido Clodoaldo Alves.
De acordo com o delegado regional de Imperatriz Eduardo Galvão, responsável pelas investigações preliminares, Elizelda esteve na recepção do hotel e pediu para falar com o marido, de quem já estava separada há alguns dias. Os recepcionistas pediram que ela subisse até o quarto dele.
Minutos depois funcionários afirmam ter ouvido um estampido, no entanto em um primeiro momento não acreditaram que fosse um disparo de arma de fogo. Em seguida, o suspeito desceu aparentando tranquilidade, foi até a recepção e deixou o local sem esboçar reação que o denunciasse.
“Ele desceu muito tranquilo até a recepção, informou ao pessoal que ela (ex-mulher) estava quebrando tudo no quarto. Eles (funcionários) subiram às pressas e quando chegaram ao local a encontraram ainda arquejando, ainda com vida. Acionaram a polícia e o SAMU, mas, quando o socorro chegou, ela já havia entrado em óbito” afirmou o delegado.
Ainda de acordo com as investigações, dias antes a vítima teria denunciado o ex-marido por tê-la ameaçado com uma arma. Contudo, não chegou a registrar queixa contra Clodoaldo.
Apesar disso, o fato ajudou a polícia a identificar o suspeito. A polícia também acredita que uma discussão tenha levado ao crime passional.
Elizelda deixou dois filhos pequenos.
